5.10.07

Da janela do quarto do meu amigo

namoro a rua. Estou com o Rodrigo e o Manoel. Estou à janela porque não posso fumar dentro de casa. Começou um livro aos poucos... um viajante... uma biografia... um espaço livre.
março de 2004

2.10.07

Metáfora do Destino

"Sem querer parecer desiludido,
Ou alguma vez “bestializado”,
Pelas tramas a que me sujeitaram
Pelas armadilhas que me pregaram
Pelas veias que me cortaram,
Minhas artérias implodiram
E sem deixar rasto...
...o meu destino se traçou...

...Se Deus algum dia escreveu direito por linhas tortas, poderei eu dar-me ao luxo de cometer tal loucura, e torcer as linhas que Deus escreveu, para que lá eu possa escrever torto!? E sem me transformar numa alma pecaminosa, ditarei eu próprio o meu passado, construirei eu mesmo o meu presente...e desejarei que tu faças parte do meu futuro...

Arrancando as chagas a Jesus
E tocando doze badaladas num só sino,
Substituo Deus na cruz
E sou Senhor do meu destino.

Pelo exagero que aqui cometi
Peço desculpa e faço vénias.
Luzes psicadélicas!!!!!
Atritos de neon!!!
Olho o céu...junto as estrelas
Invoco Orion,
E, proponho-lhe um brinde,
Com um copo atestado de um qualquer licor...
Com um pico de amargura.
Olho-o nos olhos e desafio-o:
- Devolvo-te o teu ódio,
Se me devolveres a minha ternura.
...negócio ao qual sucumbiu e recusou.
Proponho-lhe então novo brinde,
Com um copo atestado de whisky do mais fino:
- Dar-te-ei a minha vida,
Se me devolveres o meu destino.
Espantado...brindou a mim
E, sem dúvida nem rancor,
Deu-me o que era meu
E assistiu sorridente ao meu fim..."

Guilherme Rebelo