18.3.09

Reflexão com sumo

- Sinto-me culpada! Foi o que ela disse depois de comprar uma máquina de lavar loiça e uma grande televisão. Ela nunca tinha tido uma máquina de lavar loiça e fazia já dois anos que a sua minúscula televisão tinha funcionado pela última vez. - Eu a sucumbir ao consumismo com tanta gente que precisa de dinheiro para alimentar a sua família até ao fim do mês. Prontamente a confrontei com uma frase curta que adoptei do meu irmão: Qualidade de vida. E aqui iniciámos uma ligeira reflexão sócio-filosófica. O seu sentimento de culpa vinha do fundo da sua generosidade e daquilo que alguns chamam de consumo responsável. É o mesmo principio que a leva a comprar produtos artesanais, de agricultura biológica ou de comercio equitável. Concordo perfeitamente com o conceito de consumo responsável, apesar de não o praticar, mas recuso sentir-me culpado por consumir de um modo não responsável. Sei que nem todos temos as mesmas oportunidades, sei que se calhar tive mais sorte na vida que outros, mas também sei o que custou esculpir o meu caminho. Entrar em comparações sobre o quanto custa ou não lutar pelo nosso lugar ao sol parece-me um exercício desprovido de sentido. Para mim o importante é a ambição de cada um e a força de vontade que se tem para continuar a remar em contra-corrente. Neste ponto sou perfeitamente egoísta (ou não, ao leitor de julgar). Estou a usufruir do estilo de vida que decidi construir para mim.

10.3.09

A caixa negra

Será que algum dia o homem vai substituir a máquina?
Este é o paradigma premente para o século XXI.