27.7.11

Quem merece os milagres?

Mas, o que é um milagre? Ocorrem-me duas definições. Algo que tem uma probabilidade nula de acontecer, ou seja, tem uma probabilidade menor do que aquela de encontrar um cacto a fumar uma ganza no planeta anão plutão à sombra duma TV guia gigante. A outra definição é aquela que envolve algo que não se consegue explicar, nem à luz da teoria M com as suas 11 dimensões e os seus infinitos universos paralelos. Diga-se de passagem que a teoria M, a teoria do Tudo, encontra explicação para o tal cacto fumador de ganzas. A verdade é que algo que não se consegue explicar não tem probabilidade nula de ocorrer, a nossa ciência é que não dispõe dum modelo cientifico para o descrever. Logo, a verdade, tal como a conhecemos, depende apenas do modelo cientifico que utilizamos para viver. Tirando uma outra aplicação mais tecnológica, as velhinhas leis de Newton servem para explicar a maior parte das coisas que nos acontecem. Agora imaginem que mostrávamos um GPS ao Newton. Milagre! - diria ele. Isto porque na altura dele ainda se estavam a dar os primeiros passos em electromagnetismo (ondas e tal), nem havia a correcção da relatividade (sem ela, o GPS falhava por alguns quilómetros). A partir da minha segunda definição de milagre, parece-me óbvio que há uma quantidade enorme de milagres no passado quem hoje em dia seriam facilmente explicados e como tal, perderiam o titulo de milagre. Por tudo isto, prefiro a primeira definição, a da probabilidade nula, mas nula mesmo. Parece-me mais abrangente, apesar dessa probabilidade depender ela também dum modelo cientifico.
Quem merece os milagres? Quem acredita neles.

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